O presidente Michel Temer aproveitou a visita do vice americano, Mike Pence, ontem ao Brasil para promulgar o acordo de transportes aéreos entre os dois países, os chamados céus abertos. O acordo estabelece que a abertura e o fechamento de novas rotas aéreas entre Brasil e Estados Unidos passarão a ser livres, de acordo com a decisão das companhias, não dependendo mais de negociações bilaterais. Contudo, as empresas continuarão proibidas de operar voos domésticos, no caso de americanas, e nos EUA, se forem brasileiras.
Em outubro de 2017, executivos da Latam e da American Airlines foram ao Palácio do Planalto e pediram empenho de Temer para aprovar no Congresso o Acordo de Céus Abertos entre Brasil e Estados Unidos. Ele havia sido aprovado pelo Senado em março de 2018, sete anos após ter sido assinado por Dilma Rousseff, ainda na dependência de aprovação do Legislativo.
A medida não é unanimidade entre as empresas brasileiras: é defendida pelas maiores, como Latam e Gol. O principal argumento é que o Brasil fica em desvantagem em relação a outros países sul-americanos que já têm esse tipo de acordo com os EUA.
Entre os benefícios da ratificação do acordo, as companhias citam maior oferta de voos, ampliação de serviços e mercados, expansão do transporte de carga e geração de empregos, além do fortalecimento do comércio entre os dois países.
Já as pequenas argumentam que as condições de competitividade com as estrangeiras não são iguais, além do maior custo de operar no Brasil. |