O aeroporto de Petrolina, a cerca de 720 quilômetros do Recife, ficou de fora deste leilão em blocos dos aeroportos do Nordeste. Pelo menos, por enquanto.
Segundo a Secretaria Nacional de Aviação Civil, o motivo é que o terminal localizado no Sertão de Pernambuco têm características bem particulares. “A principal vocação do aeroporto de Petrolina é a movimentação de cargas, principalmente de exportação de frutas produzidas no Perímetro Irrigado do Vale do São Francisco. Ele fica de fora, portanto, do escopo dos demais aeroportos do bloco Nordeste, que é a vocação turística”, diz Dario Lopes.
O aeroporto Nilo Coelho, segundo a Infraero, tem área de influência sobre 57 municípios da região e recebe, entre embarque e desembarque, cerca de 500 mil passageiros por ano. A principal rota aérea é a que liga Petrolina à capital pernambucana.
O Terminal de Cargas (Teca) do aeroporto de Petrolina, registrou um crescimento de 27% na movimentação de cargas no ano passado, se comparado com 2016. Foram 3.782,4 toneladas movimentadas em 2017, ante 2.964 toneladas registradas no ano anterior.
O aeroporto de Petrolina está previsto para entrar em uma nova rodada de leilões da Infraero, e o que deve acontecer é que ele seja oferecido isoladamente, e não em regime de bloco, junto com outros aeroportos, segundo Dario Lopes, mas ainda não há uma data prevista para o leilão. Segundo ele, isso será definido pelo próximo governo. “Deixamos a modelagem de concessão de aeroportos pronta e entendemos que a privatização é uma política de Estado e não de governo, além de ser uma tendência mundial. Portanto, ela deve continuar com o próximo presidente”, estima o secretário nacional de Aviação Civil.
A Infraero administra hoje 55 aeroportos em todo País. |