A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (14) suspeitos de integrar uma quadrilha internacional de narcotraficantes que tinha o aeroporto de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, como principal porta de distribuição de drogas do Paraguai para outros estados.
Durante deflagração da Operação Duelo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão. Até a última atualização desta reportagem, duas pessoas eram consideradas foragidas: uma de Campinas (SP) e outra de Curitiba.
No total foram apreendidos cerca de R$ 1,2 mil em dinheiro e um veículo.
Segundo a delegada Shirlei Sitta, as investigações tiveram início em 2016 a partir de conversas entre um funcionário terceirizado da Infraero - que administra o terminal - e outros suspeitos. A quadrilha era formada por três grupos que agiam de forma paralela ou independente.
A primeira remessa atribuída ao grupo saiu de Foz do Iguaçu e foi apreendida com uma mulher no aeroporto de Guarulhos (SP).
“A atuação inicialmente era feita através do encaminhamento da droga pelo aeroporto de Foz do Iguaçu, com a inserção na bagagem dos passageiros que estavam, muitas vezes em comboio, na rampa de despacho por um funcionário”, explicou Shirlei.
Ainda segundo a delegada, a atuação do funcionário era determinante para burlar a fiscalização.
“Quando o passageiro despachava a bagagem, não tinha nada ali. Ela tinha um peso na origem e outro peso no destino. Com isso, o passageiro podia alegar que alguém tinha colocado a droga depois e ficava blindado da autoria do fato”, apontou.
No decorrer das investigações, foram apreendidos cerca de 320 kg de maconha e de haxixe em Foz do Iguaçu e em Céu Azul, no oeste, em Gravataí (RS) e em Guarulhos (SP). Além do aeroporto, parte da droga seguia para outros estados pelas rodovias da região.
Os suspeitos devem responder por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico.
O G1 aguarda retorno da Infraero. |