As autoridades aeroportuárias de Hong Kong anunciaram hoje o cancelamento dos voos com pouso e decolagem previstos para o local em consequência das manifestações nas instalações do aeroporto.
"A informação que recebi antes de chegar era que no terminal de passageiros do aeroporto havia mais de 5.000 manifestantes", afirmou Kong Wing-cheung, superintendente do departamento de Relações Públicas da polícia.
Os manifestantes exigem a renúncia de Carrie Lam, a chefe de Governo local, ligada a Pequim, e que seu sucessor seja eleito por sufrágio universal direto, e não designado pela China como acontece atualmente.
"Exceto os voos de partida que já concluíram o embarque e os que estão a caminho para pousar, todos os demais voos foram cancelados pelo resto do dia", anunciou a direção do aeroporto.
Mais cedo, a companhia aérea Cathay Pacific, pressionada pela China, advertiu que seus funcionários poderiam ser demitidos em caso de apoio ou participação em "protestos ilegais" em Hong Kong.
A Direção Geral da Aviação Civil chinesa exigiu na sexta-feira da Cathay Pacific os nomes dos funcionários de seus voos com destino a China, ou que passem pelo espaço aéreo do país.
Pequim afirmou que os funcionários que apoiam o movimento pró-democracia não seriam autorizados aos voos. A companhia aérea informou que atenderia as demandas.
"A Cathay Pacific tem uma política de tolerância zero a respeito de atividades ilegais. Em particular, no contexto atual, existirão consequências disciplinares para os funcionários que apoiem ou participem em protestos ilegais", afirmou a empresa.
"As consequências podem ser graves e implicar a rescisão do contrato de trabalho", completa um comunicado. |