Para voar mais alto, PR recebe investimentos em infraestrutura aérea

Fonte CONUT - 12/08/2019 - 13h53min
Para voar mais alto, PR recebe investimentos em infraestrutura aérea

Sem transporte a economia não gira. A greve dos motoristas de caminhões em 2018 trouxe à tona um entrave do setor industrial: a dependência da malha rodoviária. Mas este não é o único gargalo para o desenvolvimento. A instalação de novas empresas é afetada pela questão logística quanto mais opções de acesso à determinada região, maior o potencial para receber novos negócios. É por isso que o Paraná enfrenta os desafios de ampliar a malha aérea. O estado busca investimentos em infraestrutura e incentivos públicos para melhorar os serviços aeroportuários, facilitando o transporte de executivos.

 
Até 2014, havia pelo menos três companhias aéreas com variada disponibilidade de horários. Somente em Londrina, na região Norte, eram sete voos diretos por dia para Curitiba. O cenário mudou após o aumento na alíquota do ICMS sobre o querosene, que passou de 12% para 18%. As empresas reduziram a quantidade de voos "atualmente são apenas dois voos diretos por dia no mesmo trecho, em uma única companhia. Muitos passageiros precisam fazer conexão em São Paulo" ou seja, sair do estado e voltar. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), até a metade de 2015, 16% dos passageiros que desembarcavam diariamente no Aeroporto Afonso Pena, na capital paranaense, vinham de outras cidades do estado. O número caiu pela metade, em 2017 e no ano passado.
 
Incentivos e investimentos
 
O Sistema Fiep se uniu às lideranças do setor produtivo do Paraná para apresentar ao governo as consequências do encolhimento da malha aérea. Argumentos não faltam, já que o estado liderou o crescimento da produção industrial nos dois primeiros meses de 2019, com alta de 10,3%. Agora é hora de estimular o desenvolvimento dos negócios e voar faz parte dos planos.
 
Diante disso, em fevereiro, o governo estadual reduziu em 2% o ICMS da aviação. Em troca, as companhias devem ofertar um número maior de voos em cidades não atendidas no Paraná. Ponta Grossa, Toledo e Pato Branco já estão recebendo voos comerciais da Azul partindo de Curitiba.
 
A medida foi um alívio para os industriais do Norte do estado. “O deslocamento aéreo é essencial para a nossa atividade e a reparação de um grande equívoco tributário causado pela ânsia de aumentar a arrecadação, sem analisar as consequências”, avalia o vice-presidente do Sistema Fiep e do Sindimetal de Londrina, Ary Sudan.
 
O próximo passo é a melhoria de infraestrutura. “O aeroporto é estratégico para o desenvolvimento e para a atração de grandes empresas”, explica Darcy Miara Júnior, diretor da Fiep em Ponta Grossa. A cidade integra o grupo de municípios paranaenses que receberão investimentos públicos ainda em 2019, autorizados pela Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura. O orçamento prevê R$ 35 milhões para a construção de um novo terminal de passageiros, ampliação e reforma do pátio para estacionamento de aeronaves e a construção de uma nova pista para taxiamento.
 
Maringá também está na lista, com orçamento de R$ 81,5 milhões. O contrato prevê, entre outros, a ampliação da capacidade da pista de pouso e decolagem e a construção de uma nova pista para taxiamento. As obras devem iniciar no segundo semestre. “Maringá deve receber mais opções de voos diários, melhorando a competitividade da nossa indústria”, comemora Carlos Walter Martins, vice-presidente do Sistema Fiep e empresário do setor metalmecânico.
 
Em Cascavel, terceira cidade contemplada com os investimentos do Ministério da Infraestrutura, as obras já iniciaram. Haverá um novo terminal de passageiros e o pátio de estacionamento de aeronaves será reformado. As obras estão orçadas em R$ 17 milhões.
 
Privatização será benéfica
 
A privatização deve ser o item seguinte da lista de ações e o governo estadual já solicitou a inclusão do estado no programa de concessões. Os aeroportos de Londrina, Foz do Iguaçu e de Curitiba (Afonso Pena e Bacacheri) pertencem à Infraero e estão na lista dos que devem ser concessionados nos próximos meses. Para o consultor de Infraestrutura do Sistema Fiep, João Arthur Mohr, o processo deve ser visto de forma positiva: “as concessões aceleraram a execução de obras para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Brasil. O estado tem papel fundamental de controlar a atuação das empresas para que não haja abuso de poder econômico”, diz.
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