A companhia aérea Azul divulgou nesta quinta-feira (8) que encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 345,5 milhões. No mesmo trimestre de 2018, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 791,4 milhões. No semestre, o lucro foi de R$ 483,2 milhões.
De abril a junho, a companhia teve receita líquida de R$ 2,6 bilhões, uma alta de 31,3% na comparação com os mesmos meses do ano passado.
"Com o aumento da demanda doméstica, juntamente com uma mudança na dinâmica competitiva, as receitas auxiliares e as outras receitas também apresentaram um forte crescimento. Estamos otimistas com as perspectivas de demanda para o segundo semestre de 2019, que sazonalmente é o mais forte do ano", afirmou em nota o CEO da companhia, John Rodgerson.
O resultado foi favorecido pelo aumento no tráfego de passageiros com crescimento nos preços das passagens. A companhia também foifavorecida por um ganho líquido de R$ 191,2 milhões com variação cambial, ante uma perda no segundo trimestre de 2018 de R$ 1,15 bilhão.
No trimestre, a receita líquida da companhia cresceu 31%, para R$ 2,61 bilhões. A receita com transporte de passageiros aumentou 30,5%, para R$ 2,49 bilhões. A receita com outros serviços cresceu 47%, para R$ 130,1 milhões.
A demanda de passageiros, medida por passageiros-quilômetros transportados (RPK) aumentou 21,3%. A capacidade ofertada cresceu 15,5% na mesma base de comparação. A taxa de ocupação atingiu 84,1%, com aumento de 4 pontos percentuais. A tarifa média subiu 9,7%, para R$ 379,70. A receita de passageiros por assento quilômetro (PRASK) aumentou em 13,0%, devido a maiores taxas de ocupação combinado com uma expansão de 7,6% nos yields, informou a Azul.
Projeção de crescimento
A Azul revisou para cima suas projeções de crescimento na oferta de voos em 2019. A companhia espera agora aumentar a capacidade em 20% a 22%, ante uma projeção anterior de aumento de 18% a 20%.Em voos domésticos, a companhia espera aumentar a capacidade de 23% a 25% neste ano, ante uma previsão anterior de 16% a 18%.Para voos internacionais, a previsão é de aumento de 10% a 15%, ante estimativa anterior de 20% a 25%.
De acordo com a companhia, a nova geração de aviões representou 30% da oferta da empresa em 2018 e, em 2019, deve representar 42% da capacidade total.Com a introdução de mais assentos, a Azul espera uma variação de zero a 2% nos custos por assento (Cask) em comparação com 2018. A previsão anterior era de uma queda de 1% a 3% para esse custo.Já a projeção de margem de lucro operacional ficou mantida em 18% a 20%.
A empresa espera encerrar o ano de 2019 com 143 aviões em operação. Esse total inclui 46 aviões de nova geração, sendo 38 A320neo, seis Embraer E2 e dois A330neo.A projeção divulgada anteriormente era de uma frota de 135 aviões, ante uma frota de 123 no fim de 2018.
Para 2020, a companhia estima chegar a 151 aviões, com o recebimento de mais 14 Embraer E2 e 14 A320neo. A frota de E-Jets será reduzida de 57 para 34.A Azul também informou que espera elevar a frota para 160 aviões em 2021, ampliando para 165 em 2022 e atingindo 170 em 2023. |