Roubo de ouro em SP foi planejado por quadrilha de veteranos

Fonte CONUT - 09/08/2019 - 13h38min
Roubo de ouro em SP foi planejado por quadrilha de veteranos

O mais cinematográfico roubo de carga em aeroportos do país, que garantiu aos ladrões 769 quilos de ouro além de esmeraldas, relógios e colares finos, foi idealizado, segundo a policia, por "bandidos velhos". Os veteranos por trás do assalto ao terminal de cargas de Guarulhos, no dia 25 de julho, têm fichas corridas de décadas e, segundo as investigações, não há ligações com facções criminosas.

 
Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, conhecido com "Velho", é apontado como o mandante da operação. Sua primeira prisão data de 1982. Pasqualini, que está foragido, ficou famoso por participar de um assalto a carro forte da Brinks — mesma empresa que transportou a maior parte do ouro (718 kg)
em Guarulhos — em 1993. Aos 58 anos, Pasqualini tem uma longa história no crime e tem sido comparado ao personagem "Professor" da série "La Casa de Papel".
 
— Essa é uma boa comparação. Até porque ele não participa da parte operacional. Ele fica na casa rendendo a família do funcionário —disse o delegado Pedro Ivo Corrêa, titular da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos.
 
PARENTESCO DO CRIME
Segundo as investigações, Francisco convenceu Peterson Brasil, que está preso, a preparar um grande assalto em Guarulhos. "Velho" é pai de um sobrinho de Brasil. Criminoso com diversas passagens pela polícia, Brasil convenceu seu amigo e xará, Peterson Patrício, também preso, a participar da ação.
De acordo com a policia, Patrício — supervisor de segurança da concessionária que administra o aeroporto em Guarulhos —teria se animado com a possibilidade de ganhos fáceis e repassou informações sobre o setor de cargas valiosas do terminal. O bando chegou a tentar um assalto em março e outro no começo de julho. Patrício estava reticente. Pasqualini, então, chegou a sequestrar a família do funcionário para forçá-lo a colaborar no golpe.
 
— Se o crime não tivesse ocorrido na quinta-feira (25), mas na segunda-feira anterior, o resultado do roubo seria o dobro, pois havia no aeroporto 1,5 tonelada de ouro — afirmou Corrêa.
 
Com a anquitetura do plano preparada, "Velho" procurou um lider para a parte operacional. O escolhido foi Marcelo Ferraz, conhecido como "Capim". Aos 48 anos, ele também é considerado "idoso" na realidade do crime. Capim, que está preso, tem várias condenações por roubo e chegou a passar duas décadas em regime fechado nos presídios paulistas.
 
Foi Ferraz quem cuidou de todo o processo: comprar os carros blindados, fazer a do-nagem dos veículos, angariar criminosos e armas. Toda a logística foi montada na Zona Leste da capital paulista, mas Ferraz acabou preso em um esconderijo no Guarujá, na Baixada Santista. Auxiliou nesa fase Joselito de Souza, ainda foragido da polícia.
 
Os investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) acreditam que parte da carga roubada já esteja no exterior. Além dos 718 quilos de ouro conhecidos desde o dia do assalto, os ladrões também pegaram 15 quilos de esmeraldas, relógios e correntes da marca Louis Vuitton, além de outros 51 quilos de ouro de outra transportadora.
 
— Acreditamos que o fruto do roubo foi dividido com cada bandido, o que dificulta sua localização. Acreditamos que parte vá para o exterior. O problema é que o ouro, depois de derretido, perde sua rastreabilidade —afirmou Corrêa.
 
A polícia acredita que um chinês preso na última segunda-feira, na região da Avenida Paulista, Centro de São Paulo, com dez barras de ouro pode estar relacionado ao roubo. Ele seria parte de um "esquema formiguinha", para levar o metal ao exterior. No Brasil, um grama de ouro custa o equivalente a R$ 180. Na China, o mesmo peso ultrapassa dos R$ 300. Procurada, a defesa de Patrício não atendeu a reportagem. Os advogados dos demais envolvido não foram localizados.
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